Política. Por, Lucas Valladão.

País do Futuro
Há tempos a política no Brasil é vista com maus olhos pela população. Políticos sem caráter, sem identidade nem compostura habitam o planalto central longe dos olhos do povo e seguem fazendo estragos em um Brasil que parece se contentar em ser sempre um país do futuro.
Aqui, ao contrário dos Estados Unidos onde os ex-presidentes exercem funções nobres em favor da comunidade americana ou mundial, os ex-presidentes da República insistem em continuar em cargos públicos elegíveis como Sarney e Itamar Franco. Presidente da câmara do Senado e Senador, respectivamente.
As exceções são os dois últimos presidentes. Fernando Henrique Cardoso cuida de seu instituto, goza de forte prestígio como líder de direita e do PSDB apesar de execrado pelo PT como gerador da caluniosa dívida maldita e não bendita como deveria. Luís Inácio Lula da Silva teve seu mandato encerrado nos últimos meses e, portanto, não pode ser avaliado nesse ponto.
A atual presidente Dilma Rousseff tem tido uma série de elogios já tendo ultrapassada a simbólica marca de 100 dias no governo. Saindo da sombra de seu padrinho político que insiste em dizer que as críticas positivas da imprensa direcionadas a ela seriam uma retaliação a sua pessoa. Essa síndrome de estrela central do ex-presidente se fez presente no episódio da visita do atual presidente dos Estados Unidos Barack Obama, o homem mais poderoso do mundo em que Lula negou o convite feito a todos os ex-presidentes brasileiros e, ao contrário dos outros, não compareceu ao evento oficial.
Mesmo após tantos escândalos envolvendo o governo nos últimos oito anos, a sucessora natural do partido da situação conseguiu ser eleita a primeira presidente mulher do Brasil. Dilma alia algumas boas qualidades de Lula e possui, ainda, uma capacidade técnica e instrução notoriamente superiores indicando bons tempos e alimentando a ideia de país do futuro.