O desenvolvimento tecnológico moderno proporciona uma análise da sociedade sob o prisma de dois grupos essenciais: o da criação e o do consumo.
O primeiro grupo está focado na própria criação de novas tecnologias e no aprimoramento das existentes. É uma parcela da sociedade que tem como força motriz a incapacidade do homem frente às suas necessidades. Visa, portanto, à superação, à possibilidade de mudar, de revolucionar e quebrar paradigmas construídos. O grupo da criação traduz-se na tecnologia que marca o século XX, mas que é apenas reflexo de toda a evolução histórica da humanidade.
O segundo, por sua vez, é ao mesmo tempo matéria prima e destinatário. Simboliza, portanto, aquele para o qual o primeiro se reporta. E ainda que não crie, não aja, não tenha o “saber fazer”, é quem simultaneamente dá as ordens e compra o produto final. É das suas necessidades que partem os desafios para que os criadores atuem.
A tecnologia, pois, é a resposta da sociedade à sociedade. E a sua inserção cada vez mais evidente e cada vez mais presente dentro dos lares tem condicionado a vida de todos os grupos humanos. O homem inexoravelmente se entrega à sua magnitude e exige, desse bem agora tão próximo, as respostas que nunca teve.
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