terça-feira, 12 de abril de 2011

Esporte. Por, Adriana Ielmini.



Ippon no preconceito


Nas últimas semanas, as discussões em torno do racismo e da discriminação no esporte foram reabertas e se tornaram mais acaloradas em função dos aumentos dos casos de intolerância contra negros no futebol europeu e do episódio de discriminação pela opção sexual de um atleta de Vôlei ocorrida aqui no Brasil. Embora muitas modalidades tenham sido praticadas por muito tempo apenas pela aristocracia ao redor do mundo, ao longo dos anos, o esporte se tornou, em geral, um ambiente amplamente democrático, onde as desigualdades são esquecidas, e vitórias e derrotas independem da raça ou da opção sexual, política, religiosa de uma pessoa.
É inconcebível que, em pleno século XXI, ainda vivenciemos cenas como de torcedores jogando cascas de banana para atletas de futebol na Europa. Essa situação se ressalta ainda mais no futebol, que se caracterizou pelo convívio pacífico entre negros e brancos. Um esporte criado por brancos teve em seu maior gênio um negro: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. O curioso é que em muitos times dos torcedores racistas os maiores destaques são negros. Tudo isso soa com muito antagônico. No fundo, ainda nos parece um movimento isolado de grupos extremistas europeus. No entanto, é uma atitude condenável que tem que ser combatida de forma rigorosa pelas autoridades do esporte.
No Brasil, em que os jogadores negros do Fluminense já foram obrigados a jogar de pó de arroz para esconder a cor da pele, essas atitudes são mais raras atualmente, mas não deixam de ocorrer. Nas últimas semanas, o jogador Michael do Vôlei Futuros foi ofendido ostensivamente por sua opção sexual em um jogo da liga nacional. O que as pessoas têm a ver com a opção sexual de um jogador? O que isso afeta o rendimento dele? A resposta é simples: NADA! Essas atitudes não combinam em nada com o Brasil e têm que ser repelidas de qualquer maneira.
O esporte tem que lutar com todas as forças contra o preconceito e preservar o que é mais bonito dele: a mistura da diversidade. Ippon já no preconceito!

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