A indústria brasileira de entretenimento
Ao contrário dos Estados Unidos, onde movimenta bilhões de dólares, a indústria do entretenimento brasileira ainda é muito incipiente. A falta de financiamento público e privado inibe os investimentos no setor. Além disso, esse setor exige empresários dispostos a investir em um negócio com um alto risco de retorno. Elevados prejuízos são comuns nesse segmento, mas projetos bem elaborados também podem render grandes fortunas.
É lógico que o grande exemplo de sucesso desse mercado são os Estados Unidos, onde qualquer evento cultural, esportivo pode virar um grande negócio, envolvendo milhões de dólares. Obviamente que o grande mercado consumidor e o alto poder de renda dos americanos contribuem em muito para o sucesso dessa industria lá. No entanto, também é conhecido o grande know how dos americanos para fazer eventos. As arenas esportivas, teatros, cinemas, parques temáticos são estruturados de tal forma que o espectador não se restringe a assistir o show, jogo, cinema, peça etc ou se divertir nos imensos brinquedos. Ele vai lá para consumir de tudo. Esse é o grande foco do negócio: CONSUMO! Quando um americano ou estrangeiro vai num parque da Disney ele come de tudo, além de comprar roupas, souvenirs etc. Isso aumenta as receitas e a rentabilidade do negócio e reduz o seu risco de execução.
No Brasil, são grandes os exemplos de fracasso nessa indústria. Um exemplo recente é o parque Terra Encantada, que depois de viver anos as dura penas, fechou e agora deve virar um projeto imobiliário. A maioria dos outros empreendimentos que ainda resistem, no Brasil, vive em dificuldades. Quantos parques, teatros, boates, cinemas abrem e fecham por ano? Provavelmente algumas dezenas. E de quem é a culpa? A meu ver, na maioria dos casos a culpa é dos empresários que elaboram projetos de baixa qualidade, principalmente, com pouca inovação, buscando retornos de curto prazo.
E que poderia ser feito para se mudar essa situação? Além é claro da melhora dos projetos, o aumento das fontes de financiamento e o crescimento da renda ajudariam em muito a reverter o cenário ruim dessa indústria no Brasil.
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