quinta-feira, 14 de abril de 2011

Gastronomia. Por, Bruno Henrique Rocha de Oliveira.





A arte de cozinhar




De norte a sul, de leste a oeste, a gastronomia brasileira, é o produto mais híbrido que se tem notícia na história da gastronomia mundial, talvez por ser produto da intensa miscigenação cultural que se processou em nossa terra ao longo dos últimos cinco séculos. Por trás de cada escolha alimentar, existem inúmeras determinantes, que têm sua origem em nosso passa do familiar, em nossa regionalidade, comer não é meramente um ato fisiológico, e sim uma construção cultural alicerçada na geografia, na história, na economia e, inclusive, em nossas crenças religiosas.

A gastronomia carrega os ingredientes criatividade e espontaneidade, onde a arte de cozinhar tem a finalidade de dar o maior prazer a quem come. Uma receita não é absoluta, ela pode ser alterada e variada conforme a paixão e o envolvimento daquele que a faz e que a degusta em sua criação. Reunir amigos para saborear um prato é um espetáculo e um prazer posteriores às fases de leitura, degustação da receita, envolvimento, entrega, criação e prazer.
A miscigenação culinária brasileira foi capaz de misturar poloneses com nagôs, alemães com portugueses, italianos com chineses e japoneses com índios, assim, das mais diversas origens surgiram os mais variados e exóticos pratos que fazem a alegria das mesas de nosso país, onde devemos tentar compreender a complexidade de informações que emana de cada receita, de cada ingrediente, de cada técnica culinária, de cada prato.
Nesse sentido, compreender o que comemos, onde comemos, quando e como comemos, é uma saborosa e palatável maneira de nos apropriarmos de informações ricas, diferencia das e valiosas. Esse exercício poderá nos levar à compreensão das nossas raízes, do lugar em que fomos criados. Só assim o ato de comer terá a dimensão cultural que merece, e graças a Deus criaram a gastronomia para trazer para o nosso paladar sensações inexplicáveis.

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