terça-feira, 12 de abril de 2011

Economia. Por: José Carlos da Fonseca Neto.


As altas taxas de juros no Brasil


A taxa de juro indica quanto se paga, percentualmente, para emprestar ou aplicar dinheiro. Essas taxas dependem das condições do mercado financeiro, sendo livremente contratadas entre as partes. A taxa básica de juros no Brasil é a taxa Selic, determinada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) e atualmente está em 11,25%. O Copom tem uma meta de inflação que deve ser perseguida ao longo do ano, e a principal forma de controlá-la é através do aumento da taxa Selic. Todos nós sabemos que inflação alta prejudica toda a população em geral, com a perda do poder aquisitivo, porém juros muito altos enfraquecem nossos empresários e diversos setores de produção de nossa economia.
Para o governo a taxa de juros deverá permanecer alta por um bom tempo para manter a inflação controlada e assim evitar muitos problemas. Para os empresários, a taxa de juros alta, sendo a do Brasil uma das mais altas do mundo, compromete a competitividade de nossas empresas no mercado internacional e a geração de empregos em âmbito nacional. Tanto governo quanto empresário precisam achar um meio termo para que a economia cresça a um ritmo mais acelerado. O Governo Federal está pondo em pratica o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que tem como objetivo dar manutenção pra o crescimento da produção com varias obras em portos, rodovias e ferrovias. O empresário agora tem que procurar novos negócios e fechar novos acordos internacionais de exportação de sua produção. Ao que tudo indica esse será um ano de pouca queda nas taxas de juros, mas com um bom crescimento da economia.
O principal entrave para a redução dos juros no Brasil é o alto grau de endividamento do setor público. Com necessidade de recorrer ao mercado financeiro para financiar suas dívidas, o setor público torna-se um sugador de recursos. Para baixar as taxas de juros são necessárias medidas de racionalização da máquina pública e de combate à sonegação de impostos, além das reformas microeconômicas que ainda faltam. Esperamos que o setor público enxergue as verdadeiras causas dos juros altos no Brasil e ponha em prática as reformas necessárias para baixá-los.

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