Dilma Rousseff foi eleita Presidente da República em um segundo turno com poucas surpresas. Conquistou 56% dos votos válidos contra 44% de José Serra. A elevada popularidade do Presidente Lula, principal cabo eleitoral de Dilma, foi fundamental para eleição da candidata governista.
A sua vitória foi um papel decisivo para o PT, que pela terceira vez consecutiva, foi o partido mais votado do país, elegendo cinco governadores, oitenta e oito deputados federais e elevando a sua bancada para quinze senadores.
Em seu primeiro discurso como presidente eleita, Dilma Rousseff procurou reduzir as desconfianças em relação a sua política econômica. Prometeu conduzir a economia com responsabilidade, promovendo melhoria nos gastos públicos e comprometendo-se a “zelar pela poupança pública”. Salientou também que não fará ajuste fiscal que comprometa os gastos sociais e os investimentos públicos.
Na parte de seu discurso voltada aos temas econômicos, citou a crise das economias desenvolvidas e a guerra cambial, problema que, segundo ela, requer a articulação de políticas multilaterais para “limitar a alavancagem e a especulação desmedida”.
Dilma também enfatizou seu comprometimento com a democracia, com a liberdade de imprensa e com a erradicação da pobreza. Nas mensagens políticas, estendeu a mão para a oposição e para os setores da sociedade que não votaram nela.
Em relação aos questionamentos a respeito de uma eventual volta da CPMF, afirmou que não pretende enviar nenhuma proposta do tipo, mas, que se for essa a vontade da maioria dos governadores, ela tem o dever de escutar.
Finalmente, encerrou agradecendo e exaltando o presidente Lula, principal artífice de sua eleição.
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