
Jogadas de peso.
A contratação do atacante Ronaldo pelo Corinthians, no final de 2008, pois em alerta aqueles que acompanham os esportes em geral. Valeria a pena a um clube brasileiro o pagamento de um salário altíssimo para ter como estrela de seu elenco um jogador que já não parecia mais satisfazer o perfil do alto padrão do futebol europeu?
Com o passar do tempo, facilmente percebeu-se que, contrariamente ao que se esperava, a adoção desse modelo muito se distancia da mera expectativa de bons resultados em campo. Em verdade, vincula-se diretamente a grandes jogadas de marketing, que muito mais associam o nome do jogador pelo que ele fez no passado do que ao que ele poderá vir a fazer no futuro. Assim, equipes adquirem maior atenção da mídia, ganham novos patrocinadores e têm uma explosão de vendas em seus produtos licenciados, o que refletirá nas suas receitas.
Recentemente, o clube paulista manteve a sua política e contratou o atacante Adriano. O caso, contudo, merece uma análise mais detida. Além dos problemas dentro de campo, decorrentes da péssima temporada do atacante em 2010, tanto no Flamengo – onde teve sua saída exigida pela torcida –, quanto na Roma, da Itália – onde, em 10 meses, fez apenas 8 partidas e nenhum gol –, o marketing sobre o atacante encontra-se deveras abalado. Sua imagem está vinculada especialmente à falta de compromisso com os clubes em que tem atuado, além de haver especulações quanto ao seu envolvimento com o tráfico de drogas.
Há, portanto, fortes dúvidas se de fato o jogador trará alguma vantagem extra-campo a superar eventuais falhas dentro das quatro linhas.
Mais uma vez, caberá ao tempo demonstrar se o clube teve sucesso em sua empreitada, ou se cometeu um grande erro capaz de comprometer a estabilidade do seu grupo e a sua organização financeira.
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