quarta-feira, 6 de abril de 2011

Economia. Por Nathalia Faria.


Etanol em voga.

Após alguns anos de esquecimento, o etanol automotivo retornou a ter destaque na vida do cidadão brasileiro.

A introdução no mercado dos carros flex em 2003, promoveu o desenvolvimento e a consolidação do etanol como combustível para automóveis no país, especialmente por seus preços baixos facilitarem o acesso de uma parcela da populaçao à aquisição de automóveis.

O sistema vingou e, com o tempo, a compra de um carro flex deixou de ser item de luxo para se firmar como regra geral no mercado (dados da ANFAVEA - Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores mostram que em 2003, os veículos flex eram apenas 2,9% do total de veículos leves do país, ao passo que em 2008 estes já alcançavam 74,8% dessa categoria).

Entretanto, a realidade atual retrata que o uso do álcool não se mostra mais tão vantajoso à população. O maior poder de corrosão do combustível sobre os componentes do automóvel e o alto percentual de consumo por litro rodado não têm sido mais compensado por baixos preços.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), apenas no Estado de Mato Grosso ainda se mantém a tradicional equação na qual o álcool, para compensar o alto consumo, não poderá superar 70% do preço da gasolina. Em Brasília, por exemplo, o preço médio do álcool está apenas R$ 0,03 abaixo do da gasolina, que, aliás, tem aumentado consideravelmente em todas as capitais justamente pelo percentual de álcool existente em sua composição.

No final das contas, e como já é de costume, fica o consumidor a mercê dos detentores dos meios de produção. Se no início estes conduziram aqueles à aquisição de veículos flex pelo baixo preço do álcool, agora deixam-nos sem escapatória ante à dependência criada sobre o combustível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário