
As eleições presidenciais chegaram ao fim e o Brasil elegeu pela primeira vez uma mulher para a presidência da república.
A vitória de Dilma já era esperada, devido à grande popularidade do governo do presidente Lula. Algumas pesquisas antes das eleições apontavam que Dilma poderia vencer no primeiro turno, o que acabou gerando uma expectativa no próprio PT, que ao fazer o primeiro discurso depois do primeiro turno, parecia que tinha perdido a eleição, tamanha a apatia de todos os integrantes da campanha de Dilma. Um dos principais motivos para a desaceleração da Dilma na reta final do primeiro turno foi o escândalo envolvendo a ex-ministra Erenice Guerra, acusada de tráfico de influência na Casa Civil.
Apesar de não ter conseguido para o segundo turno, a candidata do Partido Verde, marina Silva, foi o grande destaque da eleição, tendo uma grande arrancada na reta final e uma grande disputa por seu apoio no segundo turno, onde ela se posicionou de forma independente, não apoiando nenhum partido.
Já no segundo turno a vitória de Dilma veio com uma vantagem de 12 milhões de votos, sendo a maioria esmagadora do Norte e nordeste, onde a Dilma recebeu 22,4 milhões, contra 10,6 milhões de José Serra. Somando Sul, Sudeste e Centro-Oeste, Dilma teve 33,2 milhões de votos 32,9 milhões.
A falta de carisma de ambos os candidatos era evidente e ao que parece, a vitória foi mais do Lula com sua popularidade e da estabilidade econômica em que o Brasil se encontra, do que uma vitória obtida por Dilma em discursos e debates. Enquanto Serra tentava enaltecer sua experiência na vida pública, Dilma sempre se apoiava em Lula, mostrando menos desenvoltura no contato com a imprensa e nos debates, quando muitas vezes parecia que ela não se sentia segura do que falava. Surpreendentemente após a eleição, a relação de Dilma com a imprensa e eleitores mudou drasticamente. Além de maior tranqüilidade para responder as perguntas sobre o futuro governo, a presidente passou a ficar mais a vontade no contato com a imprensa.
Passada a eleição, Dilma agora enfrenta o primeiro desafio do seu governo, que será montar seu ministério, contemplando os partidos que a elegeram, além de atender a critérios técnicos e sua opinião a respeito dos cargos. Os partidos já estão se movimentando em busca do maior número de cargos e os mais importantes, depois dos que ficarão com o PT.
Foi uma eleição apagada, sem brilho de nenhum dos candidatos e com baixo nível de discussão de temas que seriam primordiais, mas que foram poucas vezes levantados na eleição.
Ao que parece, Dilma dará continuidade ao governo Lula, inclusive mantendo algumas pessoas em sesu cargos, como deve acontecer com Guido Mantega, que deve permanecer como Ministro da Fazendo. Os programas sociais também devem ter um tratamento especial do governo, já que foi um dos principais responsáveis por sua eleição. Dilma já sinalizou um possível aumento do salário mínimo.
Vamos aguardar os próximos passos, e torcer para que Dilma faça um bom governo, pois votando ou não no PT, o fato é que suas ações influenciarão a todos nos pais.
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