sábado, 20 de novembro de 2010

Economia. Por, João Batista Bezerra.




O modelo de inclusão financeira que foi adotado no governo lula foi
determinante para o Brasil sair da crise financeira antes de outros países. As classes C e
D foram as que mantiveram o comércio funcionando quando as classes A e B estavam
assustadas com a crise. Em 2003, o crédito disponibilizado no Brasil era de R$ 380
bilhões e hoje, o país tem mais de R$ 1,6 trilhão, aumentando a participação no PIB
(Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas pelo país) de 25% para
47%. Segundo artigo publicado no site r7.com, o governo vem expandindo o acesso de
crédito aos pequenos tomadores de empréstimos, pois são estes os que mais pagam em
dia, além de precisarem de pequenos valores para gerar grandes resultados.
Durante um seminário, Sandra Magalhães, do banco comunitário Palmas, de
Fortaleza, disse que apesar de ter sido “perseguida e até processada pelos bancos
oficiais” no início, há 13 anos, hoje atende quilombolas, pescadores e quebradeiras de
coco que não tinham acesso à rede bancária. Nos últimos cinco anos, a estrutura dos
bancos comunitários realizou 35 milhões de transações através de correspondentes
bancários, 30 mil operações de crédito envolvendo R$ 4,5 milhões e emprestou mais de
R$ 350 mil em moedas sociais – sem valor oficial, mas utilizadas dentro de pequenas
comunidades para trocas de mercadorias.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirma que o modelo
brasileiro de inclusão financeira é um sucesso internacional. Segundo ele, o sistema
gerado pelo controle da inflação somado à distribuição de renda por meio dos programas
sociais, fez aumentar a base bancária brasileira e estender o atendimento a 100% dos
municípios brasileiros. - Não há dúvida de que a inclusão financeira é condição
fundamental para o pleno exercício da cidadania. É importante, necessário e possível
atender à população de baixa renda. Esse sucesso motivou outros países. No G20 [grupo
que reúne as economias mais ricas], foram colocados princípios de inclusão financeira
nas últimas reuniões. O caso brasileiro é um sucesso internacional e acredito que isso
deve ser ainda reforçado pelos próximos anos.

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