quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Empreendedorismo. Por, Tatiana Mota Barbosa Ferreira.




Dolabela (2006), acredita que o empreendedor seja o “motor da economia”, um agente de mudanças, o empreendedor é alguém que sonha e busca transformar seu sonho em realidade. Muito se tem escrito a respeito, e os autores oferecem variadas definições para o termo. O economista austríaco Schumpeter (1934) associa o empreendedor ao desenvolvimento econômico, à inovação e ao aproveitamento de oportunidades em negócios. Segundo Timmons (1994), “o empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi para o século 20”.

De acordo com Hirish (2004), o conceito de empreendedor fica mais refinado quando são considerados princípios e termos de uma perspectiva empresarial, administrativa e pessoal. Em especial, o conceito de empreendedorismo de uma perspectiva individual foi explorado neste século. Essa exploração está refletida nas três definições de empreendedor que se seguem. Em quase todas as definições de empreendedorismo, há um consenso de que de que é uma espécie de comportamento que inclui: (1) tomar iniciativa, (2) organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a fim de transformar recursos e situações para proveito prático, (3) aceitar o risco ou o fracasso. O empreendedorismo é o processo dinâmico de criar mais riqueza. A riqueza é criada por indivíduos que assumem os principais riscos em termos de patrimônio, tempo e/ou comprometimento com a carreira ou que provêem valor para algum produto ou serviço. O produto ou serviço pode ou não ser novo ou único, mas o valor deve de algum modo ser infundido pelo empreendedor ao receber e localizar as habilidades e os recursos necessários. Embora cada uma dessas definições veja os empreendedores de uma perspectiva ligeiramente distinta, todas contêm noções semelhantes, como novidade, organização, criação, riqueza e risco. Ainda assim, cada definição é um pouco restritiva, já que os empreendedores são encontrados em todas as profissões - educação, medicina, pesquisa, direito, arquitetura, engenharia, serviço social e distribuição.

Empreendedorismo é o processo de criar algo novo com valor dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes recompensas da satisfação e independência econômica e pessoal. Essa definição enfatiza quatro aspectos básicos de ser um empreendedor, não importando em que área. Primeiro, o empreendedorismo envolve o processo de criação - criar algo novo, de valor. A criação tem que ter valor para o empreendedor e valor para o público para o qual é desenvolvida. Segundo, o empreendedorismo exige a dedicação do tempo e do esforço necessários. Somente aqueles que se dedicam a um empreendimento apreciam a significativa quantidade de tempo e de esforço exigida para criar algo novo e torná-lo operacional. Assumir os riscos necessários é o terceiro aspecto do empreendedorismo. Esses riscos tomam uma série de formas, dependendo do campo de atuação do empreendedor, mas em geral se concentram em torno das áreas financeiras, psicológicas e sociais.

Hirish (2004), acredita que a decisão de abandonar a carreira ou o estilo de vida não é fácil. São exigidas muita energia e coragem para mudar e fazer algo novo e diferente. Embora as pessoas tenham a tendência de abrir empresas em áreas conhecidas, dois ambientes de trabalho mostram-se especialmente bons para gerar novos negócios: pesquisa e desenvolvimento, e Marketing. Enquanto trabalham em tecnologia (pesquisa e desenvolvimento), os indivíduos desenvolvem novas idéias de produtos ou processos e muitas vezes deixam o cargo ocupado para formar suas próprias empresas quando essas novas idéias não são aceitas por seus empregadores. De modo semelhante, as pessoas da área de Marketing se familiarizam com o mercado e com os desejos e necessidades não atendidos dos clientes e freqüentemente partem para iniciar novas empresas com esse propósito. Talvez um incentivo ainda mais forte para superar a inércia e deixar o atual estilo de vida para criar algo novo venha de uma força negativa - a ruptura. Um número significativo de empresas é formado por pessoas que se aposentaram ou foram demitidas. Provavelmente, não há força maior do que o deslocamento pessoal para potencializar a vontade de agir de uma pessoa.

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