sábado, 20 de novembro de 2010

ECONOMIA, Por, Rodrigo Carlos Pinto.



Para as pessoas que fazem parte do mercado consumidor que hoje tem cerca de 30 anos de idade, pode-se perguntar: quem não se lembra de ter algum produto diferenciado quando algum parente ou amigo chegava de viagem do exterior principalmente ao longo da década de 90? Ter um videogame, um tênis com luzes, brinquedos diferentes, ou até mesmo diversos – e hoje simples - itens de papelaria, que causavam alvoroço nas escolas. Era assunto da criançada para o recreio todo. Objetos que se tornavam sonho de consumo.

Porém para esta mesma geração, explicar à nova geração este cenário parece algo quase inexplicável. A era em que a tecnologia se faz presente desde os primeiros dias de vida de um bebê, onde tudo é alcançável, com facilidade e rapidez.

Hoje as importações no Brasil são comuns. Recentes pesquisas indicam que os produtos importados representam pouco mais de 22% dos produtos consumidos em nosso país, definindo crescimento constante deste índice. Isto indica que em todos os setores da indústria, com destaque para o de máquinas para fins industriais, produtos químicos, material eletrônico e siderurgia, houve este aumento.

Para os estrangeiros, a valorização do real foi um facilitador, pois teve como conseqüência a redução do preço dos produtos importados. Com isso, se de um lado temos maior controle da inflação, de outro temos empresas prejudicadas apesar do forte desempenho do mercado doméstico. A produção industrial está estagnada desde o fim do primeiro trimestre deste ano, e empresas de alguns setores chegam a operar com até metade da sua capacidade instalada, o que é muito abaixo do ideal.

Especialistas demonstram preocupações com o desemprego, pois a alta de importações pode resultar em fechamento de indústrias nacionais, além de possível recessão até 2012. Estimam também que com tamanha importação, a balança comercial venha a fechar com saldo negativo de até mais do que 60 bilhões de dólares.

Comparando o terceiro trimestre de 2010 com o de 2009, o consumo aparente (medido pela produção nacional do bem mais as importações e menos as exportações) teve crescimento de quase 13%. Deste total, aproximadamente 59% é refletido em produtos importados, enquanto os outros 41% representam o aumento de consumo dos produtos nacionais.

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