quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Empreendedorismo. Por, Silviia Madureira.


“Minha avó até hoje me pergunta se eu não vou arrumar um emprego sério”

“A maior dificuldade é acreditar no sonho sozinho”

“Meu investimento inicial na empresa foi de R$ 150. Ninguém entrava no nosso estande. Era tudo muito feio. Foram as clientes que me disseram no que eu estava errando”

“No início eu batia em 100 portas e apenas uma se abria. Os empresários ficavam desconfiados, achavam que a gente queria roubar o dinheiro deles”

As frases acima foram ditas por empresários de diversos segmentos do comércio e da indústria que ministraram palestras durante um evento no Rio de Janeiro, na semana passada, durante a Semana Global de Empreendedorismo, que foi comemorada mundialmente de 15 á 21 de Novembro. Todos tinham em comum um determinado perfil, jovens, empreendedores, e bem sucedido financeiramente na gestão dos seus empreendimentos. . A finalidade do Seminário era incentivar a jovens estudantes a aprenderem a empreender, e desmistificar a idéia que somente grandes idéias podem ser colocadas em prática e que para ser bem sucedido é preciso um grande sócio capitalista.

A mídia em geral destaca os grandes empresários como empreendedores, como Bill Gates e Eike Batista ( apesar de já veteranos, iniciaram muito jovens seus negócios) .

Importante salientar que a cultura do empreendedor jovem, nasceu nos Estados Unidos, que cultuam essa iniciativa desde cedo nas crianças, independente de que classe social pertençam . É muito comum ver nos Estados Unidos crianças vendendo limonada em frente as suas casas.

Para o criador de um dos mais famosos sites de compra coletiva hoje no Brasil, empreender é atender a necessidade dos seus clientes mudando a sua realidade e a dos outros. “Posso dizer que as três lições básicas são: só falar não basta, tem que fazer sempre manter o foco e ter determinação e energia. ”Empreender pra mim significou a idéia de poder usar o tênis todo dia”,

Já para o criador e dono da marca pioneira de frozen yogurt, com presença em quase todos os estados do Brasil, e com 2 anos de existência, disse que “ para ser um empreendedor é preciso saber o que fazemos bem, o que queremos fazer e o que podemos ser pagos para fazer.Temos que saber onde queremos chegar em poucas palavras disse “. “O empreendedor tem que sair da zona de conforto e reinventar-se”,

Mais o que significa o termo EMPREENDEDORISMO, É uma livre tradução que se faz da palavra entrepreneurship. Designa uma área de grande abrangência e trata de outros temas além da criação de empresas:

· Geração do auto-emprego (trabalhador autônomo);

· Empreendedorismo comunitário (como as comunidades empreendem);

· Intra-empreendedorismo (o empregado empreendedor);

· Políticas públicas (políticas governamentais para o setor);

Exemplos do que seja um empreendedor:

· Indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;

· Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir ou de fazer propaganda dos seus produtos e/ou serviços, agregando novos valores;

· Empregado que introduz inovações em uma organização, provocando o surgimento de valores adicionais;

· Não se considera, contudo, empreendedor uma pessoa que, por exemplo, adquira uma empresa e não introduza qualquer inovação (seja na forma de vender, de produzir, de tratar os clientes), mas somente gerencie o negócio.

O ator principal desse cenário é o Empreendedor, termo utilizado para qualificar, ou especificar, principalmente, aquele individuo, que detém uma forma especial, inovadora de se dedicar á atividades de organização, administração , execução ; principalmente na geração de riquezas , na transformação de conhecimento e bens em novos produtos- mercadorias e serviços; gerando um novo novo método com o seu conhecimento .É o profissional inovador que modifica, com sua forma de agir , qualquer área do conhecimento humano.

Um dos destaques da Pesquisa GEM ( Global Entrepreneuriship 2009) é o crescimento do empreendedorismo no Brasil. O número de negócios com até três meses de atividade cresceu 97% em relação a 2008, quando 2,93% da população adulta tocavam empreendimentos. Em 2009, esse número saltou para 5,78%. Ao longo dos dez anos de pesquisa GEM, o Brasil apresentou média de 13% de sua população economicamente ativa empreendendo, taxa que subiu para 15% em 2009.

A pesquisa mostra ainda que a maior parte dos negócios está nas mãos dos jovens: 52,5% dos empreendedores têm entre 18 e 34 anos. Entre outros fatores, esta edição que a pesquisa analisa os impactos do auge da crise mundial em 2009. Uma das conseqüências é a queda no índice de empreendedores por oportunidade (os que têm vocação ou enxergam nichos de mercado). Na pesquisa anterior, para cada dois empreendedores por oportunidade havia um por necessidade. Hoje, a razão é de 1,6 para 1 É curioso observar no entanto, que entre os empreendimentos nascentes houve aumento entre os que são motivados por oportunidade. Novamente percebe-se um percentual maior de mulheres empreendedoras (53%) em relação aos homens (47%). É a primeira vez, no entanto, que a proporção do empreendedorismo feminino por oportunidade supera a do masculino na mesma condição.

Um grande paradoxo no momento no Brasil segundo relata a pesquisa é que mesmo com o grande aumento dos empregos formais, a procura por cursos de formação orientação para abrir negócios, por parte da sociedade não tem recuado, a cultura do emprego formal está dando lugar ao empreendedorismo. Isto, segundo pesquisadores, está acontecendo por uma série de motivos, não só pela razão mais aparente de que as pessoas não querem mais subordinar e depender de patrões, mas porque desejam ter qualidade de vida e poder de decisão sobre as suas vidas. Aproveitando dessa forma o bom momento econômico que o Pais atravessa.

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