São elevados os índices de repetência e de abandono da escola no Brasil. Foram levantados em relatório da Unesco que a situação é de estrema urgência. Com índices de repetência e abandono nas escolas entre os mais elevados da América Latina, a educação brasileira ainda corre para alcançar patamares adequados para um País que demonstra tanto empenho como em outras áreas, como a economia. Segundo o Relatório de Monitoramento de Educação (RME) para todos de 2010, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a qualidade da educação no Brasil é baixa, principalmente no primeiro grau.
O alto índice de abandono nos primeiros anos de educação também alimenta a fragilidade do sistema educacional do Brasil. Cerca de 13,8% dos brasileiros abandonam os estudos já no primeiro ano no ensino básico. Portanto, o País só fica à frente da Nicarágua na América Latina e, mais uma vez, bem acima da média mundial . Na ultima avaliação feita pela Unesco, o Brasil poderia se encontrar em uma situação bem melhor se não fosse a baixa qualidade do seu ensino, principalmente nas redes públicas. Das metas quantificáveis usadas pela organização, o País registra altos índices em três (atendimento universal, igualdade de gênero e analfabetismo), mas um indicador muito extremamente baixo no porcentual de crianças que ultrapassa o 5º ano. São problemas que a educação brasileira ainda enfrenta, a estrutura física precária das escolas e o número baixo de horas em sala de aula são apontados pelos membros da Unesco como fatores determinantes para a avaliação da qualificação do ensino. A crise financeira que ainda reprime o desenvolvimento de países em todo o mundo poderá também ter um reflexo muito negativo na educação. Segundo a org. com a organização, o aumento da pobreza e os cortes nos orçamentos públicos das nações devem comprometer os progressos alcançados na educação na última década, principalmente nos países mais humildes. É doloroso permitir o surgimento de uma "geração perdida" de crianças privadas da possibilidade de receber uma educação que lhes permita sair da pobreza. Com este quadro a Unesco avalia que comunidades internacionais não deverão alcançar nenhum dos seis objetivos estabelecidos em 2000, em Dacar, no Senegal, que, juntos, visam a universalização do ensino fundamental até 2016. Esperamos que este quadro mude o quanto antes.
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