sábado, 20 de novembro de 2010

Politica. Por, Lívia Diniz Mendes.


Para servir aos cidadãos a política tem que ser feita de forma clara e limpa, pois ela nada mais é do que a representação do desejo do indivíduo. Porém, há algum tempo ela deixou de ser o retrato da vontade popular muito por causa da falta de representatividade do povo na política parlamentar.

Seu princípio inicial era baseado nas ideologias de cada grupo, mas no Brasil ela é nociva da forma que é feita hoje, pois é construída a partir dos interesses pessoais daqueles que se candidatam e não mais a partir das idéias e correntes que acreditam.

São tantas variações de partidos, um mais conservador, outro mais liberal, outro que mistura um pouco das duas correntes, candidatos que trocam de partidos e não estão nem aí se a linha que seguiam no partido anterior era completamente oposta, assim as ideologias se perdem em meio a essa mistura.

É essa a prova do “cada um por si”. Não importa a quem eles tenham que se aliar para se manter no cargo, nem a que ideais estão virando as costas, estão preocupados unicamente em dizer exatamente aquilo que o eleitor quer ouvir em época de eleição mesmo tendo consciência de que nada daquilo será cumprido. Aproveitam-se da falta de instrução do povo, e já sabem, não haverá cobrança direta para a realização das promessas feitas, por isso pouco se importam em comportar-se da forma que o eleitor espera, preocupando-se somente em garantir cargos aos apadrinhados, fazer negociatas e arrolar um ou outro aliado que venha lhe trazer mais benefícios. No Brasil hoje em dia, ser político é profissão.

Outro fator prejudicial a representação popular no congresso causada por este sistema de partidos é a eleição por legenda. Este ano, um palhaço se elegeu. Talvez tenha sido uma forma da sociedade criticar a política. Ele realmente foi deputado mais votado com mais de 1 milhão de votos, porém devido a esse alto número, Waldemar Costa Neto, deputado envolvido no mensalão que não teve nem 50 mil votos, pegou carona na votação de Tiririca e acabou eleito.Tudo isso atravanca o desenvolvimento de qualquer país.

Para modificar esse cenário seria necessário além da educação para a cidadania do povo, uma reforma que envolvesse também a renovação política onde as ideologias voltariam a ser bem definidas e pudéssemos saber claramente as diferenças entre um partido a favor do paternalismo e o outro a favor da iniciativa privada, liberal ou conservador, duas correntes bem definidas como já é feito em vários países.

Porém, esta mudança precisa ser feita pelos próprios congressistas e estes não a fazem porque afetaria seus interesses pessoais.

Por enquanto, ficamos na espera da realização de um sonho possível com um país onde a corrupção não seja a palavra mais associada às pessoas que nós mesmos colocamos no Planalto para nos representar e que enriquecer às custas do dinheiro público não seja mais o maior sonho delas.

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