segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Política. Por, Flávia Maria Pimentel Magalhães.



Se levarmos em consideração os principais candidatos à Presidência da República, o mais importante cargo disputado nessa última eleição, e vendo duas mulheres entre eles, têm-se a impressão que a participação da mulher na política é de igual para igual com a dos homens. Dilma e Marina representam uma pequena parcela feminina nesse ramo.

Somente há 78 anos que as brasileiras ganharam o direito a voto, porém nem todas as mulheres podiam desfrutar desse direito. Só as casadas, tendo a permissão do marido, viúvas e solteiras com renda própria, assim dizia o Código Eleitoral Provisório, de 24 de fevereiro de 1932.

A liberação do direito a voto para todas as mulheres só foi concedida no Código Eleitoral de 1934. Mesmo assim não era obrigatório, como o voto masculino, passando a ser apenas em 1946.

Para que as mulheres participassem efetivamente do processo eleitoral, foi necessário lutarem por isso. Conseguindo conquistar o direito ao preenchimento de um percentual de candidatas nos partidos políticos. Hoje o TSE (Tribunal superior Eleitoral) exige que cada partido ou coligação a preencher o mínimo de 30% das candidaturas do sexo feminino nas listas eleitorais para os cargos das eleições.

A primeira brasileira escolhida para ocupar um cargo eleitoral foi a potiguar Alzira Soriano. Ela foi eleita em 1928, prefeita de Lajes, município do Rio Grande do Norte, primeiro Estado do país que permitiu o voto feminino em 1927. Infelizmente Alzira não terminou o seu mandato, pois a Comissão de Poderes do Senado anulou todos os votos femininos.

Apenas em 1933, uma mulher conseguiu pela primeira vez votar e ser eleita deputada federal. A médica Carlota Pereira de Queiroz conseguiu cumprir seu mandato na Assembléia Nacional Constituinte, entre os anos de 1934 e 1935.

Como vimos, as mulheres brasileiras enfrentaram muitas barreiras na política. Desde garantir o pleno exercício do voto, até conquistar o direito de parcitipação como candidatas a eleição. No ultimo 31 de outubro, Dilma não só conquistou um fato histórico, como deu um grande salto na batalha política feminina. Torcemos para que este fato seja um grande avanço para a democracia brasileira.

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