sábado, 20 de novembro de 2010

Educação. Por, Lívia Diniz Mendes.


Educação é dar subsídios a uma pessoa para que ela possa entender tudo que está ao seu redor, fazer escolhas, juízo de valor, empreender e exercer sua cidadania.

Para falar de educação no Brasil é preciso em 1º lugar entender a realidade em que ela se encontra, escolas abandonadas e ensino sucateado, professores mal qualificados, alunos desinteressados e mal formados que chegam as universidades com baixo nível cultural.

Tal constatação reflete a situação dramática da educação nos níveis de base e ensino fundamental que não preparam adequadamente, pois é preciso que o governo entenda que todos os níveis de ensino estão estreitamente ligados.

O que é pior, é que esta situação não é só na rede pública, é claro que esta enfrenta ainda mais dificuldades visto que depende direta e exclusivamente do investimento do governo, a rede particular também sofre uma defasagem no que diz respeito a qualidade.

A verdade é que Educação não é um problema para ser tratado com recursos emergenciais, operações tapa buraco ou sistema de cotas, o governo deveria estabelecer um planejamento de curto, médio e longo prazo ao invés de continuar agindo de forma descoordenada , pois assim continuaremos andando em círculos; o aluno que sai da escola sem base pois o professor, e inclusive os próprios pais, também não passaram por um processo de educação adequado. Mais tarde este aluno sai da universidade e fica a flutuar no mercado de trabalho já que não possui o embasamento técnico, científico ou literário que o mercado exige.

Talvez um dos maiores responsáveis pela qualidade do ensino disponibilizado seja do próprio órgão regulador que age de forma desordenada e não controla as escolas e cursos as quais concede autorização para lecionar, a falta de fiscalização nivela por baixo a qualidade do ensino oferecida. Exemplo disso é a questão da implantação de um exame similar ao da OAB que o CREMERJ quer realizar ao final da faculdade a fim de certificar a competência que o aluno tem para exercer a profissão. Não seria talvez pressuposto que a partir do momento em que essa ou aquela faculdade que disponibiliza um curso tão importante quanto o de medicina, já com a devida licença e credibilidade certificada pelo MEC previamente, está apta para formar profissionais de excelência?

A solução é que a educação deveria constar de um projeto de nação e estar acima de qualquer governo. É preciso democratizar o acesso as universidades através do investimento desde a educação básica, investir na formação e remuneração dos professores e principalmente controlar e renovar os programas de ensino inserindo novas matérias e retirando outras que não são mais úteis na grade curricular, além de aumentar a jornada diária das crianças nas escolas.

Mas infelizmente educação nunca foi prioridade no Brasil, as ações governamentais não correspondem as expectativas, e não dão continuidade a um projeto educacional. Se os cofres não forem abertos para a educação nenhum planejamento se tornará realidade e as metas se transformarão apenas em sonhos.

Lívia Diniz Mendes

UCAM Ipanema

Comunicação Empresarial II

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