quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Política Monetária no Plano Real. Por, Joao Paulo Mansour.


Entre 1994 e 1999 foi marcada a 1ª fase do plano real, os objetivos da política monetária (elevação das taxas de juros) eram para atrair capital estrangeiro, principalmente o capital especulativo de curto prazo. Na 2ª fase do plano real (99) ocorre a maxidesvalorização cambial e o cambio flutuante, o objetivo da política monetária era controlar a inflação através das metas inflacionarias determinadas pelo conselho monetário nacional (CMN).Quando a inflação subia, aumentava-se as taxas de juros com o intuito de controlar o consumo, o que levava a redução da inflação posterior.

O equilíbrio do balanço de pagamentos dependia da taxa de cambio, das taxas internas e externas de juros e do nível de renda da população. O equilíbrio do balanço de pagamentos dependia da taxa de cambio por que quando se aumentava a taxa de cambio ocorria o aumento das exportações e paralelamente, a diminuição das demandas de divisas, ou seja, diminuíam-se as importações. O contrario acontecia quando ocorria a diminuição das taxas de cambio. Então isso afetava diretamente a balança comercial da conta corrente do país. Se as exportações superavam as importações havia superávit da balança comercial, se as importações superavam as exportações ocorria déficit na balança comercial do Brasil.

Já o diferencial entre as taxas internas e externas de juros é o que mais influenciou no balanço de pagamentos. Quando esse diferencial era grande, ocorria uma atração dos capitais estrangeiros, isso influenciava a conta capital já que as divisas podiam entrar tanto por investimentos diretos como principalmente por capital especulativo. A influencia da entrada dos capitais de portfólio na conta capital foi muito positiva na tentativa de equilibrar o balanço de pagamentos. Quando ocorria aumento da renda da população, acontecia conseqüentemente aumento nas importações já que a população tendia a aumentar o consumo de produtos importados ou com componentes importados, isso influenciou a balança comercial.

Logo, pode-se concluir que a política econômica inicial do plano real foi de alternância entre políticas expansivas, que influenciadas pela conjuntura de crise cambial internacional gerava períodos de políticas de recessão e estagnação. Como já mencionado anteriormente, o Governo adotou medidas de combate a essas crises basicamente semelhantes durante todo o período inicial com a elevação da taxa de juros, para atrair o capital estrangeiro, aumento dos impostos e corte dos gastos públicos, priorizando a contenção da inflação. Esse objetivo foi alcançado às custas de uma deterioração no campo social, com o recrudescimento do desemprego e da concentração de renda, juntamente com a falência das empresas nacionais.

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