domingo, 14 de novembro de 2010

Economia. Por, Francisco Fabrício Rocha


EDUCAÇÃO – Índice de Analfabetismo no Brasil

A taxa de analfabetismo sempre foi considerado um entrave no desenvolvimento do nosso país, sempre figuramos em posição nada confortável quando se trata em educação quando comparados com outros países. Dados divulgados em Setembro deste ano, entranto, mostram uma melhora da nossa realidade nos últimos cinco anos.

A Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) é realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anualmente. Os dados sobre a educação no Brasil foram divulgados há dois meses atrás. A taxa de analfabetismo caiu 1,8% de 2004 a 2009, entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade. No ano passado, a taxa foi de 9,7% da população, um total de 14,1 milhões de pessoas, contra 11,5% em 2004. Em 2008, a taxa foi de 10%. A meta do Brasil, definida em um acordo estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é chegar à taxa de 6,7% de analfabetismo em 2015.

O analfabetismo funcional – segundo o IBGE, pessoas com 15 anos ou mais de idade e menos de quatro anos de estudo ou também, denominação dada à pessoa que, mesmo com a capacidade de decodificar minimamente as letras, geralmente frases, sentenças, textos curtos e os números, não desenvolve a habilidade de interpretação de textos e de fazer as operações matemáticas – foi estimado em 20,3% das pessoas de 15 anos ou mais de idade. A queda foi de 0,7 ponto percentual em relação a 2008 e de 4,1 pontos percentuais em relação a 2004.

A pesquisa demonstra que a maioria dos analfabetos, 92,6% está concentrada no grupo acima de 25 anos de idade. No Nordeste, a taxa de analfabetismo entre a população com 50 anos ou mais chega a 40,1%, e no Sul, esse número é de 12,2%. Os nordestinos têm as maiores taxas dentre todas as faixas de idade. E o Estado de Alagoas continua com o pior desempenho do país.

Deixando um pouco os números de lado e analisando o que eles, de fato, representam, podemos afirmar que esta enorme população de brasileiros analfabetos significa um enorme retrocesso para o país. São pessoas condenadas ao desemprego, aos piores postos de trabalho, aos mais baixos salários e finalmente à pobreza. O Brasil está atualmente com um índice de analfabetismo maior que a Palestina, que está em constante conflito, ao Vietnã, Costa Rica, Paraguai, Mongólia e até a Tailândia.

Infelizmente, nosso país ainda vive a mercê da própria sorte, e sujeita aos caprichos dos governantes que não se empenham em modificar esta triste realidade, a retirada de direitos dos mais fundamentais como a educação.


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