
A atual onda de rebeliões não é apenas árabe, porque atinge países não árabes. É em grande parte na África, mas pode ir além do continente. Não há mais limite, apesar de cada país ter uma situação totalmente diferente do outro e cada governante ter tido reações também diversas: Tunísia, Egito, Iêmen, Bahrein, Argélia, Marrocos, Uganda, Irã e Líbia. Isso esta gerando um fluxo de imigrantes para a Europa.
O país tem 44 bilhões de barris de petróleo, o que é a maior reserva da África, e tem 54 trilhões de pés cúbicos de reservas de gás. Havia grande expectativa de a produção ser elevada, porque inúmeras empresas estavam se instalando no país para explorar petróleo e gás. Há poucos dias atrás, a ordem na maioria das companhias internacionais instaladas no país era retirar todo o seu pessoal e parar as atividades.
Na ilha aonde vêm desembarcando, nos últimos meses, milhares de imigrantes ilegais tunisianos, assim como refugiados africanos procedentes da Líbia, Berlusconi anunciou a realização de dois vôos diários, a partir de Lampedusa, para repatriar os procedentes da Tunísia.
"Contamos com a dissuasão psicológica. Quando souberem que todos os cidadãos tunisianos serão mandados de volta imediatamente, os que têm a intenção de vir vão passar a se perguntar se vale mesmo à pena", disse Berlusconi.
O chefe de governo italiano também considerou que "não pode haver uma resposta egoísta" ante o que chamou de "um tsunami humano". Berlusconi relembrou que os países do sul da Europa haviam solicitado a ajuda da União Européia para acolher os imigrantes. A Itália decidiu na quinta-feira (7) conceder aos imigrantes tunisianos um visto de residência temporário, de seis meses, o que lhes permitirá circular livremente pelo espaço europeu, uma questão criticada por Paris e Berlim. Segundo Berlusconi, Paris deve "compreender que 80% [dos imigrantes tunisianos] declaram que querem ir para a França para se encontrar com amigos e familiares". "Se não houver acordo, nos veremos obrigados a colocá-los em centros de acolhida onde só podem ficar por seis meses e, depois, estarão livres para viajar para a França".
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