A influência da mídia em relação à moda do jovem
O jovem de hoje é o reflexo/ resultado do que foi imposto pelo capitalismo, ou seja, está dentro de uma das formas criadas pela indústria cultural para ser considerado normal. A mídia possui um papel fundamental neste modelo/processo, pois, armada com a propaganda e o marketing, impõe diversos novos e questionáveis valores gerando assim uma falsa oportunidade para o jovem ser e estar feliz.
Para ser valorizado, o jovem hoje deve seguir vários pré-requisitos como: se vestir com a roupa da moda, freqüentar lugares os da moda, falar gírias da moda, ter um modelo de corpo da moda: atlético para os homes e a magreza excessiva para as mulheres para ai sim após cumprirem todos esses pré requisitos poderem ser aceitos em sua turma. Se ele não tem o tênis da moda, o cabelo da moda, o modelo de corpo imposto pela moda ou é introvertido, é simplesmente deixado de lado, esquecido. Parece que, para o jovem se sentir incluído, também precisa ter certo poder aquisitivo para consumir, para que percebam sua existência, como se isso fosse uma senha de reconhecimento.
A mídia possui enorme poder influência nos jovens e hoje é questionada sobre os valores que a mesma repassa e ressalta junto aos jovens. Alguns valores expostos na mídia e aderidos por muitos jovens os impulsiona para os valores aonde o jovem fica cada vez mais vulnerável a manipulação, ao consumismo e exposto aos enormes conflitos que a não aceitação pelo grupo por não estar de acordo com todas as normas especificadas para estar incluído naquele modelo oferece.
A mídia captura com uma enorme eficiência a necessidade de aceitação cada vez mais presente no jovem e, principalmente a sua vontade, fazendo com que o jovem construa muitas vezes uma identidade falsa e acabe consumindo por ela. Sendo assim a mídia muitas vezes acaba operando no desejo do jovem e, sobretudo no inconsciente destes jovens que estão cada vez mais frágeis e manipuláveis.
Em uma fase da humanidade em que se diz existir a liberdade de escolha, a mídia manipula cada vez mais a mente dos jovens para que estes comprem o produto do anunciante que pagar mais. E vai mais além, tornando isso uma regra, um código de conduta e inclusão. Censura não é a solução, mas conscientização é a palavra. Deve-se mostrar ao jovem que ele não precisa de tudo o que é anunciado e fazê-lo perceber que a inclusão em um grupo não deve depender de aquisições da moda e, sim, da afinidade de gostos e idéias. Idéias próprias, não as concepções pré-fabricadas pela mídia.
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