
Crise Japonesa, perigo ou oportunidade?
Contrariamente as previosões mais pessimistas, o terremoto e a tsunami no Japão, em 11 de março deste ano, seguidos da crise nuclear, não está causando impactos mais sérios na economia mundial. Entretanto, o Japão sofreu pesadas perdas, materiais e humanas. O dano material está sendo estimado como algo entre $250 e $310 bilhões de dólares, números extremamente elevados se comparados com os do furacão Katrina, que provocou danos da ordem de $81 bilhões de dólares. Estima-se que 27.000 foram mortas ou estão desaparecidas e mais de 145.000 edificações foram danificadas ou destruídas.
A economia japonesa deve experimentar uma forte retração nos próximos meses iniciando uma recuperação no final deste ano, em função da reconstrução das áreas atingidas pela catástrofe. De imediato, outros países podem a vir sofrer impactos desses acontecimentos, como por exemplo os fabricantes de automóveis, que podem usufruir do espaço deixado pela: Honda, Toyota e Suzuki, que tiveram suas produçoes paralizadas.
O Japão é o terceiro maior importador de petróle do mundo e a parada de suas refinarias por conta do desastre pode vir a influenciar contratos com grandes empresas do ramo, dentre elas a Petrobras. Assim como a Vale do Rio Doce pode ter suas exportações de minério afetadas, caso as siderúrgicas japonesas não retomem suas operações.
A médio prazo o racionamento da energia eletríca parece ser o fator que mais afetará a economia japonesa, particularmente as indústrias pesadas. Por conta dessa fato, analistas prevêm reflexos no mercado de tecnologia será imenso. Há que se acompanhar as discussões que se seguirão com respeito a segurança das instalações nucleares no Japão, responsáveis por 30% da energia gerada no país.
A opinião pública japonesa, assim como, a de diversos outros países, já demonstram a insastifação e preocupação com a existência de instalações nucleares em seus países. Em função disto, a geração de energia limpa como a: aeolica, marés, solar, biogás e biocombustíveis, deverá experimentar um impulso significativo a médio e longo prazo.
Em termos regionais, não se espera que a Europa sofra de forma significativa, já que o comércio de e para o Japão, não é tão expressivo. No entanto alguns dos países comunitários, ainda estão se recuperando da recessão de 2008/09 e dos problemas com rolagem de dívida soberana, assim, qualquer disturbio maior na economia mundial poderia ter consequencias imprevisiveis na região.
O continente asiático deverá ser positivamente influenciado pelo ocorrido no Japão, ja que alguns países são grandes fornecedores de carvão e gás para as termo elétricas japonesas. È de se esperar que algumas fábricas hoje situadas no Japão venhama ser transferidas para países como a Korea do Sul, Taiwan e até mesmo para China, principalmente as relacionadsa com tecnologia.
No Brasil as siderúrgicas deverão ser as maiores beneficiadas no curo prazo. O Japão é responsavel por 8% da produção mundial de aço e em função da diminuição na oferta, devido a paralisação de diversas plantas, espera-se um aumento do preçodo aço no mercado internacional. A médio prazo a Vale do Rio Doce deverá ser beneficiada em função da reconstrução das áreas devastadas. Este processo demandará o uso intenssivo de produtos siderúrgicos, acarretando um aumento de consumo de minério de ferro, por parte das siderúrgicas.
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