Arte. Por, K A E L L I N K A S T R O.

TELA EM BRANCO
Arte é uma simbologia que sintetiza as idéias, pensamentos, emoções, a história, os sentimentos e a cultura de um ser ou de um povo, foi criada pela humanidade e tem valores estéticos como beleza, equilíbrio, harmonia, revolta.
Arte pode ser contradição, o artista interpreta o mundo à sua maneira pouco importando as convenções. Essa mesma arte pode ser bela para alguns e soar estranha para outros, não existe um parâmetro para fazer arte. O artista costuma ser alguém que não se conforma e simplesmente não segue a corrente, mas nada contra ela numa oposição inteligente e muitas vezes absurda e chocante.
A arte existe até mesmo antes de haver essa consciência de arte estabelecida a partir do renascimento; na pré-história o homem já manifestava suas emoções e mostrava sua cultura e história através de gravuras rupestres, estatuetas, pinturas, desenhos; e, a relação desse homem com esses objetos é algo impossível de saber como também criar um paralelo entre a civilização ocidental e os humanos pré-históricos.
É na Antiguidade que surgem os primeiros conceitos teóricos a respeito da sistematização e estudo das artes. Ainda que cubra um período bastante longo, destaca-se aí a formulação da estética clássica, reunindo as culturas grega e romana.
Na arte medieval que se estende desde a criação da escrita até a queda do império romano, vários povos tinham sua maneira de expressar arte, o que por sua vez os diferenciava embora um povo influenciasse o outro visto que alguns povos acabavam sendo dominados por outros povos.
Durante o renascimento as pinturas e esculturas tinham como foco a religião. À medida que o renascença ganhava força os artistas iam buscar inspiração no passado clássico, Grécia e Roma antiga. Mudaram então os aspectos técnicos, motivos e temáticas. Com a recém descoberta da perspectiva eles passaram a dar mais realismo às suas obras. A manipulação da luz e sombra, como o contraste de tom evidente nos trabalhos de Ticciano, foi aprimorada com as técnicas do chiaroscuro e do sfummato desenvolvidas por Leonardo da Vinci. Os escultores, também, redescobriram muitas técnicas antigas como o contrapposto.
A arte moderna consensual mente está estritamente relacionada com as vanguardas artísticas que se proliferaram no início do século XX, consideradas como um desdobramento da obra do trio Van Gogh-Gauguin-Cezànne; a idéia de moderno está em geral relacionada com uma nova forma de lidar com o problema estético, repudiando as regras da tradição e buscando o "espírito da época". Por causa disto, os vários movimentos ditos modernos são, muitas vezes, antagônicos.
Já a arte contemporânea quebrou paradigmas, a arte deixa de estar limitada aos conceitos ocidentais tradicionais, incorporando novas culturas e afastando-a cada vez mais da ideia de uma "tradição artística vernácula". Há, porém, diversos críticos que alegam que, ainda que exista uma aparente internacionalização da cultura, o ideário ocidental continua sendo vendido como modelo, e tudo o que for estrangeiro é vendido (e consumido) como "exótico".
A arte passou por vários momentos até ser o que ela é hoje: qualquer coisa. Tudo pode ser considerado arte, até mesmo uma tela em branco. Estranho isso, mas é verdade.