segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Mercado de trabalho - A Mulher no Mercado de Trabalho. Por, Daniela de Oliveira Gandra.


Segundo dados atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a parcela de participação das mulheres no mercado de trabalho brasileiro cresce de forma significativa. Não é errado afirmar que nas últimas décadas, as mulheres invadiram o mercado de trabalho, e mais, tal ingresso feminino veio associado a transformações nas relações familiares e conjugais.

No Dia Internacional da Mulher de 2009, o IBGE divulgou dados de uma pesquisa especial com o tema “Mulher no Mercado de Trabalho: Perguntas e Respostas” que teve como objetivo apresentar um panorama da mulher no mercado de trabalho. Podemos destacar alguns pontos importantes observados: em 2009, aproximadamente 35,5% das mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho como empregadas com carteira de trabalho assinada, percentual inferior ao observado na distribuição masculina (43,9%). A porcentagem de mulheres trabalhadoras com ensino médio completo (11 ou mais anos de estudo) é superior aos homens (61,2% das mulheres contra 53,2%). Um dado curioso é de que as mulheres trabalham numa média de horas, menos que os homens (as mulheres, em 2009, trabalharam em média 38,9 horas, 4,6 horas a menos que os homens).

Em outras palavras, as mulheres representam mais de 40% da força de trabalho no país. Porém, esta inserção ainda é preponderante nas ocupações e ofícios que guardam correlação direta com as funções que elas desempenham no espaço doméstico, tendo menor status social e demandando menor qualificação formal, conseqüentemente auferindo menor renda. Existem barreiras, visíveis e invisíveis, que mantêm as mulheres fora dos cargos mais qualificados e mais bem remunerados, a maternidade ainda representa um “temor” para os empregadores.

Mas as mulheres reivindicam, cada vez mais, os seus direitos e, conforme apontado em pesquisa da Harvard Business Review, as empresas estão mudando as suas estratégias de forma a recrutar e reter mulheres qualificadas. Algumas das mudanças implementadas pelas organizações são implementação de políticas para equiparar salários e oportunidades; avaliação (quantitativamente e qualitativamente) de progressos em áreas específicas; extenso sobre as mudanças necessárias na cultura organizacional.

Enfim, podemos dizer que ainda há uma série de barreiras a serem vencidas pelas mulheres quando se trata de inserção no mercado de trabalho, e para mudar esta realidade é preciso uma mudança tanto nas esferas políticas, quanto no âmbito familiar e empresarial.



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