domingo, 12 de setembro de 2010

Mercado de trabalho. Por, Rodrigo Carlos Pinto.


O mercado de trabalho andou sofrendo diversas transformações no mundo com a última grande crise econômica que começou no mercado imobiliário Norte Americano e afetou a todos. Alguns países sofreram mais e outros menos, mas o fato é que todos sofreram com a crise e com ela veio o aumento do desemprego e com ele vieram as alternativas encontradas pelo empregador e pelos novos ex-desempregados para enfrentar a crise.

A construção civil empregava muito gente de baixa e média qualificação e para substituir essa mão-de-obra, algumas empresas recorreram a automação dos serviços que eram realizados por esses funcionários.

Nos Estados Unidos e até mesmo no Brasil, já existem lojas em que foi dispensada a presença do atendente, ou seja, o cliente entra na loja de vinhos, por exemplo, e através de painéis eletrônicos ele escolhe o vinho, o painel indica a localização do produto na loja e o cliente vai com a taça e mediante ao pagamento com o cartão de crédito, a máquina libera a quantidade de vinho solicitada. Tudo isso sem contato com nenhum vendedor. O mesmo ocorre com lojas de materiais de construção, onde o cliente escolhe o produto que deseja, passa o código de barras e efetua o pagamento com cartão de crédito.

Existem também locadoras de carros que dispensaram os serviços dos funcionários. Para alugar o carro, basta acessar o aplicativo da loja no aparelho celular e fazer a reserva do carro. Depois basta se dirigir ao estacionamento da empresa onde está localizado o carro e com o seu cartão da loja é possível abrir a ligar o carro. Depois basta devolve-lo no local marcado.

Essa automação vem gerando problemas na economia Norte Americana, que costuma absorver novamente os empregos que tinham sido perdidos com a crise, mas com o crescimento da automação das empresas, esses empregos não são recuperados e deixa de surgir novas vagas. A taxa de desemprego estrutural em 2007 era de 5% e em 2009 ficou em 6% e vem encontrando resistência em baixar esse número.

Mas a crise não pegou apenas o mercado de baixa e média qualificação, teve muita gente com pós-graduação que abriu mão da vida de funcionário ou executivos de empresas, para abrir o próprio negócio. Em Nova York estão em alta os quiosques de comidas itinerantes, que diferentes das carrocinhas de cachorro quentes tradicionais, são na verdade lojas móveis e bem equipadas, pois se tratam de caminhões sofisticados, onde é possível não só vender, como fazer, dependendo do produto. Os produtos são de ótima qualidade, com visual caprichado e em alguns casos, a comunicação com o cliente é digital, ou seja, através de sites na internet ou redes sociais, é possível acompanhar o quiosque de sua preferência e saber não só a localização, como promoções e eventuais comunicações da empresa para seus clientes, como promoções e problemas técnicos ou até mesmo dos clientes com a empresa, como reclamações.

O investimento inicial varia de 30 mil dólares até 150 mil dólares e por não ter ponto fixo, não precisa de luvas e aluguel da loja, que no caso de Nova York, é muito alto. Uma das principais vantagens desse tipo de negócio é poder aproveitar o que tem de melhor em diversos pontos da cidade. Se determinado ponto é bom na hora do almoço, ele pode não ser nos demais períodos e nessas horas o caminhão pode procurar outro destino mais rentável. Os tipos de lojas são os mais variados e vão de sorveterias e cupcakes até pratos típicos Tailandeses.

Como grandes crises acabam gerando grandes oportunidades, empresas e pessoas encontraram formas de contornar e minimizar os problemas da crise e acabaram modificando o mercado de trabalho com idéias inovadoras, sendo que no caso das automações o impacto é ainda maior, pois com a economia voltando ao normal, o mercado não conseguira absorver a mão-de-obra que foi desempregada pela crise, ou pelo menos, levará mais tempo.


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