terça-feira, 28 de setembro de 2010

Esportes. Por, Vinicius Colonese.


Em Copenhague, na Dinamarca, no dia 2 de Outubro de 2009, a cidade do Rio de Janeiro assumiu a maior responsabilidade dos seus últimos 445 anos. Foi neste dia em que o Comitê Olímpico Internacional escolheu o Rio como a cidade sede para as Olimpíadas de 2016.

A disputa foi acirrada e o Rio tinha três grandes adversários. Chicago, Tóquio e Madri. Como a decisão é feita por eliminação, Chicago foi a primeira a ser eliminada pelo comitê. Na segunda rodada foi a vez de Tóquio, deixando para o Rio e Madri realizar uma final dramática. Após a ultima contagem veio a confirmação, com a maioria esmagadora, 66 e 32 votos, o Rio de Janeiro foi escolhida como cidade cede das olimpíadas de 2016.

Passado a emoção da vitória é chegado o momento do prefeito, governador e do presidente unir forcas e buscar soluções para os grandes problemas que a cidade apresenta antes de sediar as olimpíadas. Na época das eleições a candidatura foi conduzida por quatro homens fortes no país. O presidente Lula, o governador Sergio Cabral, o prefeito Eduardo Pais e o presidente do COB Carlos Arthur Nuzman.

O comitê, na época das eleições, já apresentava preocupação com três pontos importantes: acomodações, trânsito e segurança. Outro ponto que também deveria ser levado em consideração é a forma de capitalização de recursos do governo estadual para promover todas as obras necessárias para a realização dos jogos.

Sabendo destes pontos, o comitê brasileiro certificou-se de apresentar esses pontos em seu sumario executivo. Um caderno de muito bom gosto que possui trinta e seis páginas que explicava melhor as pretensões do governo para esses jogos e indicava como o governo faria para melhorar os pontos críticos anunciados pelo COI.

Para explicar melhor as modificações nos transportes o sumario gastou 2 paginas. O texto da ênfase tanto no transporte aéreo, rodoviário e ferroviário. Ele inicia com uma promessa de aumento do aeroporto internacional, e assim passaria a atender 25 milhões de passageiros por ano.

Para rodovias haverá uma rede de faixas exclusivas fazendo com que qualquer atleta chegue a seu destino no tempo maximo de 50 minutos. Ainda será criado um sistema de Bus Rapid Transit (BRT), diminuindo o tempo do trajeto, para o público, entre os estádios. Para o transporte ferroviário o governo promete novos investimentos para novas linhas e novos vagões de metro.

O governo brasileiro pretende inovar no quesito acomodação, tanto para os atletas, quanto para os turistas. O conceito para essas acomodações será baseado com foco no cliente.

Haverá um sistema de tarifa fixa, numa combinação de localização e tipos de quarto, a qual não exigirá um tempo mínimo para hospedagens. Assim poderá atender todos os variados orçamentos dos turistas.

Seguindo o modelo do Pan americano de 2007, os quartos da Vila Olímpica serão em prédios residenciais localizados na Barra da Tijuca. Serão acomodações de alta qualidade, que ao fim das olimpíadas se tornarão um condomínio residencial de alto padrão. Essa idéia jamais foi utilizada por outra cidade cede, ficando assim um novo legado para as próximas cidades.

A segurança é uma grande preocupação dos governantes do Brasil. Desta forma ela vai ser dividida pelos três níveis governamentais do Rio de Janeiro. O governo estadual já deu o primeiro passo para a melhora da segurança do estado. As UPPs instaladas nas favelas tem ajudado a diminuir a criminalidade. O governo ainda projeta gastos num total de 3,35 bilhões de reais para melhorar a segurança da cidade.

Como as obras têm sofrido algumas modificações fica difícil de projetar o custo para a realização dos jogos. Hoje as obras estão projetadas num custo de 34 bilhões de reais, mas provavelmente esse valor deve aumentar devido as modificações.

Especialistas acreditam que a maioria desse dinheiro venha dos cofres públicos. Esse dinheiro vira via BNDES, Tesouro e Caixa Econômica Federal. Outra parte vira do capital privado. Essa parte será das empresas que ficaram com a administração dos estádios por um prazo determinado.

Com esses passos o governo brasileiro ira preparar o Rio de Janeiro para os jogos Olímpicos de 2016. Espera-se que os governantes cumpram suas promessas de realizar a maior olimpíada de todos os tempos e que cumpram com os prazos e com os orçamentos. Evitando gastos públicos excessivos e que utilizem com o propósito de melhora do estado.

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