segunda-feira, 13 de junho de 2011

Corrupção. Por, Guy de Orleans e Bragança.


Antonio Palocci



Antônio Palocci, ministro-chefe da casa civil, deixou o cargo na última terça-feira depois de uma publicação no jornal ‘’Folha de São Paulo”, onde foi declarado que ele teve seu patrimônio aumentado em 20 vezes, entre de 2006 a 2010, período no qual exerceu mandato de deputado federal e coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff.

Apesar de ter sido determinado o arquivamento dos pedidos de investigação de partidos de oposição , nesta segunda feira (06/06/2011), Palocci declarou que sua continuidade no embate político poderia prejudicar suas atribuições no governo.

De acordo com a reportagem publicada na ‘Folha de São Paulo’’, o Ministro teria recebido 20 milhões no ano de 2010, por meio da Projeto, empresa de prestação de consultoria a empresas, da qual é proprietário. Segundo Palocci, a empresa firmou contratos entre 2006 e 2010 com empresas que consideram ‘’úteis’’ a sua experiência como Ministro da Fazenda, cargo que ocupou entre janeiro de 2003 e março de 2006, durante o Governo Lula.

Segundo o jornal, metade dos 20 milhões que a empresa faturou, teria ocorrido nos últimos meses do ano, quando Palocci participava do governo de transição. Segundo ele, o fato ocorreu em razão da quitação antecipada de contratos em vigor, pois os mesmos teriam sidos interrompidos depois que ele aceitou o convite para integrar o ministério da nova presidente.

Outras reportagens apontam que clientes do Ministro teriam feito negócios com empresas públicas e que um dos clientes teria sido beneficiado em uma operação de restituição de IR junto a receita federal, subordinada ao Ministério da Fazenda.

Durante entrevista, Antonio Palocci negou ter cometido tráfico de influência, alegando não ter feito negócios com empresas públicas representando empresas privadas. Porém, não informou a lista de clientes de sua empresa, nem quanto teria faturado, pois segundo ele, não poderia expor tais empresas em um ambiente político ‘’conturbado’’ ou prejudicar seus clientes em um ambiente de conflito.

Serão necessárias 27 assinaturas para abrir CPI para investigar o caso do Ministro e a oposição afirma já ter 20.

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