sexta-feira, 17 de junho de 2011

ATUALIDADES. Por, Daniel Horovitz.

Na última semana o caso dos bombeiros vem sendo estampado nas manchetes do Brasil, bem como no resto do mundo. A covardia com a qual o governo estadual vem tratando esses trabalhadores é inaceitável. Somos reconhecidos no mundo inteiro pela qualidade de nossos bombeiros no que concerne o salvamento e, ao mesmo tempo, vergonhosamente os mesmos são os mais mal pagos dentre os funcionários públicos brasileiros (cerca de 900 reais por mês, já incluídas as bonificações).
Muito se fala acerca da forma pela qual os bombeiros se manifestaram. Eles invadiram a sua sede e quebraram um portão, o que fez com que 439 trabalhadores dessa classe fossem presos. Pergunto: O que há de errado nisso? Eles vêm sendo desrespeitados há anos pelo Estado e, por serem militares, não possuem nem mesmo o direito à greve. Muitas vezes, infelizmente, a única forma que temos de nos fazer ouvir é por esse tipo de medida enérgica. Muitos jovens no período negro da ditadura militar brasileira tomaram as mesmas medidas (muitas vezes bem piores) e, se não fosse por esse tipo de manifestação, provavelmente ainda seríamos súditos de um governo despótico e totalitário.
Os comentários extremamente absurdos e horrendos do governador Sérgio Cabral surtiram um efeito maravilhoso. Fez com que uma parcela consciente de nossa população percebesse o tipo de líder do estado fluminense e, da mesma forma, fez com que os professores aderissem à greve dos bombeiros. Pode parecer pouca coisa, mas é um grande passo para que o povo brasileiro aprenda que não deve, de forma alguma, temer o Estado que o governa. Deve ocorrer exatamente o contrário, pois, além de sermos nós o eleitorado é para nós que eles devem governar e a única coisa que podemos fazer quando isso não ocorre é fazer com que nos ouçam.
Os movimentos revolucionários vêm crescendo no mundo todo e, principalmente o povo da América Latina vêm mostrando que está cansado dos descasos estatais. Esperamos que a situação se resolva e que os aumentos almejados por tão nobre classe de trabalhadores sejam concedidos, afinal, “somos todos bombeiros”, somos todos trabalhadores unidos pelo descaso de que somos alvo.

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