quinta-feira, 16 de junho de 2011

ATUALIDADES. Por, Leonardo Trajano de Moura.

É inquestionável a necessidade de expansão da inclusão digital, sobretudo em áreas correntes da sociedade. No entanto, para que a medida possa trazer resultados satisfatórios, será preciso, dentre outros fatores: a inclusão da informática como disciplina obrigatória e a valorização do profissional de ensino.
Sabe-se que, atualmente, o conhecimento, ainda que básico, das técnicas de informática é exigência para a maioria dos que desejam ingressar no mercado de trabalho. Disso decorre a necessidade de se iniciar o mais cedo possível, o contato entre o aprendiz e a máquina. Todavia, para que isso seja possível, será necessário incluir a informática como disciplina obrigatória. Dessa forma, o sistema de ensino não precisará ficar ao sabor de políticos estanques ou oportunistas, já que os governantes terão de prover os meios necessários à manutenção da disciplina.
Além disso, é preciso também o implemento de políticos que vivem a uma valorização mais efetiva dos profissionais de ensino. Em que pese a Constituição da República assegurar-lhes condições para que possam desenvolver o seu ofício com dignidade, na prática, muitas vezes, não é isso que ocorre. E é justamente nas comunidades mais carentes, que esses profissionais mais encontram dificuldades para o desempenho de suas funções. O fato é que, nas comunidades periféricas, o Estado não se faz presente. Isto reflete diretamente no trabalho das pessoas que têm de conviver diariamente com toda a sorte de ameaças, seja dos próprios alunos, seja de traficantes.
Diante do que foi exposto, fica claro que a inclusão digital vai além da distribuição de computadores ou pontos de acesso à internet. Será preciso, portanto, medidas que torne eficaz e permanente esse recurso tecnológico, como também, uma presença mais efetiva do Estado, a fim de tornar possível o desempenho dos profissionais de educação e, como conseqüência, termos, também, uma maior inclusão social.

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