quarta-feira, 30 de março de 2011

GASTRONOMIA. Por Ludmila Navarro Jeolás



História da Massa


A pasta (do latim tardio “pasta” , derivado do grego “paste” = farinha misturada com água) é o produto que se obtém amassando farinha de cereais com água ou outro líquido, e sal. Ela pode ser fresca, seca, com ovos ou recheada.

Cerca de 80% do consumo mundial é da massa seca.

Nós vamos falar aproximadamente de 7.00 anos, quando o homem começou a abandonar a vida nômade e aos poucos se tornou colheiteiro e agricultor. É nesta época, que a história do homem e a do trigo se cruzam dando origem à história da “pasta”.

No início o trigo era colhido de forma selvagem com outros cereais, mas com o passar dos anos, e com a experiência sendo adquirida, o homem foi aprendendo a lidar melhor com estes cereais, moendo os grãos, amassando a farinha com água, estendendo a massa bem fina e cozinhando-a sobre uma pedra aquecida.

Existem elementos suficientes, para supor que na China, século I A.C., eram consumidos pela população, algum tipo de massa, parecida com o talharim atual.

As primeiras datas sobre a História do Macarrão na Itália são:

1.154 – onde o geografo árabe Al-Idrin escreveu um relatório, onde descrevia que perto de Palermo, na pequena cidade de Trábia, se fabricava uma massa em forma de fios chamada triyah, exportada por navio.

1.279 – onde o tabelião genovês Ugolino Scarpa, redigiu um testamento em que um velho marinheiro deixava aos seus herdeiros uma barrica cheia de macarrão.

Esta data é importante, porque desacredita na teoria que o macarrão foi levado a Itália por Marco Polo, já que a viagem dele foi em 1.295, bem depois do testamento.

Em 1.500, criavam-se corporações de maneiros em toda a Itália, com leis e regras estritas, cuja transgressão era severamente punida. O macarrão foi por séculos um produto caro, mas, com a invenção do torchio, um tipo de extrusora, ele finalmente entrou, a partir do século XVII, na alimentação de todos e se tornou tão popular que em Nápole, era vendido temperado com queijo ralado.

Hoje em dia, a criatividade dos chefs italianos e internacionais, faz com que se preparem ótimos pratos de massa sem a colaboração do tomate. Mas sem dúvida, a massa pode servir de base de inúmeras criações, e se tornou assim o símbolo da identidade italiana, reconhecido como tal em todo o mundo, além de ser um sucesso universal.

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