sábado, 26 de março de 2011

Esporte. Por, K A E L L I N K A S T R O.


O CAMINHO DO ESPORTE AO LONGO DO TEMPO

A origem do esporte, precisamente falando; é algo ainda incerto já que muitos o definem como a mais antiga forma de atividade; atividade essa praticada pelo homem depois de se alimentar. Durante a antiguidade na Babilônia, no Egito, na Assíria já existiam monumentos de vários estilos quando a prática desportiva começou. Eram monumentos representando luta, jogos de bola, natação, acrobacias e danças. Por volta de 2.700 a.C no Egito surgiam a luta corpo-a-corpo e a luta com espadas, mas com propósitos militares.

Há uma teoria que afirma que os gregos e os persas foram os primeiros povos responsáveis pela sistematização da prática do esporte. Como a Grécia foi uma das primeiras civilizações européias a atingir um auto nível de civilização não é preciso ser um gênio para saber que foi lá que as lutas, quer corporais; quer com espadas bem como outras práticas de educação física tenham saído do âmbito militar para se tornarem motivo de distinção social. Mesmo causando desgaste e suor as práticas esportivas geravam orgulho e prestigio.

O esporte foi passando por várias etapas: estagnação, na idade média, quando cristianismo ganhou força e passou a pregar a purificação da alma; declínio, quando a Grécia antiga foi conquistada pelos romanos e as competições cordiais davam espaço para disputas violentas; desaparecimento ou isolamento, quando a educação física era praticada somente na Grécia e por pequenos grupos; retomada, quando o humanismo nos séculos XVI e XVII redescobre a importância da atividade física; e nova sistematização, quando na Europa no século XVIII surgem as bases dos conceitos modernos de esporte. No século seguinte em Oxford na Inglaterra são definidas as regras para jogos com a reforma dos conceitos desportivos e a padronização dos regulamentos das disputas favorece a internacionalização do esporte. Já no século XIX existem três doutrinas: a alemã, com ginástica nacionalista valorizando aspectos ligados ao patriotismo e à ordem; a sueca, com a ginástica médica voltada para fins terapêuticos e preventivos e por fim; a inglesa, que introduz a concepção moderna de
esporte e impulsiona a restauração do movimento olímpico, com o barão Pierre de Coubertin. Esta última linha prevalece e leva à realização da primeira Olimpíada da Era Moderna em 1896, em Atenas.

As guerras interferiram no processo de evolução do esporte, que também passou a sofrer interferências de todas as formas, modificando o “Ideário Olímpico” e sua máxima de o “Importante é competir”, com o passar do tempo outras praticas foram inseridas nas olimpíadas, como o vôlei e o basquete. A simples prática esportiva deixa de ser relevante, pois o que importa é o rendimento, o resultado. Inicia-se um rápido processo de profissionalização dos atletas, alçados à condição de estrelas da mídia e heróis nacionais. Hoje vivemos um tempo diferente, onde várias práticas das mais diferentes possíveis são consideradas esporte, temos nado sincronizado, arco e flecha, judô dentre muitas outras que foram sendo criadas e ganharam adeptos em todo o mundo e ainda existem aqueles chamados esportes radicais onde se incluem o surfe, o skate, o kitesurfe e muitos outros.

O esporte bem como seus atletas tem grande importância no mundo atual, atletas que ganham salários altíssimos e competições como copa do mundo e as olimpíadas onde são gastos bilhões para sua realização. Até poderia dizer que o esporte é mais importante do que a própria condição humana ou a própria vida. Aqui mesmo no Brasil onde serão realizadas essas duas competições e onde o índice de miséria, pobreza e desigualdade social ainda são muito altos; foram disponibilizados bilhões para construções de estádios, vias e mudanças na infra-estrutura enquanto ainda vemos pessoas morando em áreas de risco, pessoas morando nas ruas ou morrendo por falta de atendimento médico. Há verba para ser usada para esses eventos, mas não para sanar os problemas do povo que viram futuramente a nos afetar. Que paradoxo!

Um só homem tem um salário de aproximadamente de 60 milhões por ano, o que ele faz? É médico, que salva vidas? Não, ele joga futebol. Que ridículo!

Enquanto isso o esporte continua caminhando, de mãos dada com o capitalismo onde o mais importante é o dinheiro. Que grande evolução.


: Michael Lima

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