sábado, 28 de agosto de 2010

Esporte.


Um esporte de cifras extraordinárias
10 milhões de Euros por ano. Você se imagina recebendo um salário dessas proporções? E ainda mais, sem ter de passar 40 horas por semana em um escritório, entregando relatórios, em uma repetitiva rotina? Esta bolada é o que leva o nosso jogador Kaká, segundo dados deste ano, divulgados pela publicação Futebol Finance, que lista os dez jogadores de futebol mais bem pagos do mundo.

Quer um exemplo ainda mais recente? Ao Neymar, garoto de somente 18 anos, foi oferecido pelo clube inglês Chelsea, a bagatela de 3,5 milhões de Euros (cerca de 9 milhões de reais) por temporada, para que este deixasse o time santista. Mas, o que leva clubes empregarem tanto investimento e oferecerem salários astronômicos aos seus jogadores, enquanto a realidade da maioria da população é completamente diferente? Simples, ainda que praticamente ignorado pela maior potência mundial, os EUA, o futebol é uma máquina de fazer dinheiro. Campanhas publicitárias, venda de material esportivo, a briga pelo direito de transmissão de jogos, fazem parte de um mercado onde tudo repercute em grandes proporções.

E não é preciso ir muito longe para identificar jogadores milionários, o próprio futebol brasileiro nos dá fartos exemplares. Ronaldo, por exemplo, mesmo que incrivelmente fora de forma, fatura pelo Corinthians 400 mil reais mensais, e ainda complementa sua singela renda com diversos contratos com patrocinadores e contratos publicitários. Aliás, com esse dinheiro todo não seria fácil perder peso? Não caberiam a nós, torcedores, exigir daquele jogador, que já está com a vida ganha, o mínimo de comprometimento com nosso time?

Ainda parto do princípio que jogadores não são super-heróis e nada fazem de extraordinário, então, por que pagar salários que poderiam ser mais bem empregados na distribuição mais igualitária da renda no nosso país? Entretanto, vale reconhecer que, em um país repleto de mazelas, o futebol ainda traz algum alento e momentos de alegria para muitos. Seria esse então o preço que se paga para assistir um espetáculo?
Por: Daniela de Oliveira Gandra

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