domingo, 25 de abril de 2010

EXPOSIÇÃO UM HOMEM CHAMADO RONDON , NO ARQUIVO NACIONAL


Produzida pela Memória Civelli e Arquivo Nacional, sob o patrocínio da OI, esta exposição mostrará ao povo brasileiro, no ano em que se comemora o centenário de fundação do Serviço de Proteção aos Índios ( SPI ) a verdadeira epopeia que foi a vida de Cândido Mariano da Silva Rondon, o Patrono das Comunicações.

Através de painéis com fotografias originais ( 1880-1958 ) e textos , projeções de filmes da Comissão Rondon e documentários, recriações cenográficas de ambientes e situações, objetos pessoais, documentos, livros raros, cartas etc, o público conhecerá a história desse grande herói nacional que, durante 40 anos, percorreu a pé, em lombo de burro ou em frágeis canoas, mais de 77 000 km ( quase 2 voltas em torno da Terra ),enfrentando todos os tipos de adversidades – fome, sede, frio, calor escaldante, doenças, animais selvagens, ataques de insetos, emboscadas de índios, motins, tentativas de assassinato – para implantar o nosso primeiro sistema de telecomunicações, o telégrafo ( chamado pelos índios de “a língua de Mariano” ),e demarcar todas as nossas fronteiras. E nessas andanças pelos então inexplorados Pantanal e Floresta Amazônica, pôs em prática o lema “ Morrer, se preciso for; matar, nunca ! “ ao defender a causa indígena.

Em reconhecimento ao seu trabalho, Rondon teve o nome gravado em letras de ouro pelo Instituto de Geografia de Nova York, entre os cinco maiores exploradores do planeta, sendo ele o que mais se aventurou por terras tropicais. Tornou-se o único homem a dar nome a um meridiano terrestre, o de número 52 se chama Meridiano Rondon. Também foi indicado, por duas vezes, ao Prêmio Nobel da Paz, sendo uma delas pelo eminente físico Albert Einstein.

Sobre Rondon, assim se referiu o ex-presidente americano Theodore Roosevelt: “A América pode apresentar ao mundo duas realizações ciclópicas: ao Norte, o Canal do Panamá; ao Sul, o trabalho de Rondon – científico, prático e humanitário.” E Darcy Ribeiro afirmou: “ Nós podemos apontar Rondon para o mundo e gritar: este é o nosso herói”.


A ESTRUTURA DA EXPOSIÇÃO



A exposição é composta por 3 partes temáticas e 1 evento., ocupando 3 espaços do Arquivo Nacional

1 – SALÃO

Parte fotobiográfica

a) Toda a vida de Rondon ( 1865 – 1958 ) será contada através de painéis com fotos originais ( 1880-1958 ) e textos. ( Acervo Memória Civelli )

b) Painel com 12 maquetes das estações telegráficas, construídas por Rondon entre o final do século XIX e princípio do XX, e que deram origem a grandes cidades . ( Acervo Memória Civelli )

c) Projeção em telão das fotos de Benjamim Rondon do raríssimo livro/relatório da Comissão Demarcatória das Fronteiras. Esse livro foi um presente de Rondon ao Presidente Getúlio Vargas, em 1930. ( Acervo Arquivo Nacional )

d) Vitrine climatizada com armamentos e instrumentos médicos/cirúrgicos, utilizados pela Expedição Roosevelt-Rondon, na exploração do rio da Dúvida ( 1913 - 1914 ). ( Acervo Museu da República ) Capacete de couro do Exército brasileiro -1910 ( Acervo Ary S. Dib Dias Filho )

e) Painel sobre o SPI, com textos das netas e continuadoras do trabalho de Rondon pela causa indígena, da antropóloga do Arquivo Nacional, Maria Elizabeth Brêa, e artefatos indígenas ( Acervo Alice Kohler )

f) Painéis com fotos de família. ( Acervos Beatriz Rondon Amarante , Maria Ignez Rondon Amarante, Marianna Rondon Amarante, Maria Cecília Rondon Amarante. Elizabeth Aracy Rondon Amarante, Angelo Christiano Rondon Amarante )

g) Reprodução cenográfica do escritório de Rondon ( Acervo Arquivo Nacional )

h) Painel O Rio de Rondon – Fotos originais da cidade do Rio de Janeiro ( 1890-1930 ). ( Acervo Arquivo Nacional )

2 – CAVE

Parte cenográfica

a) Os rios

Painel cenográfico sobre as dificuldades enfrentadas pelas expedições da Comissão Rondon para, através dos rios, penetrar pelo sertão bruto.

Projeções de filmes e fotos originais da Comissão Rondon ( Acervo Memória Civelli )

b) A alimentação na selva

Reprodução cenográfica, projeções de filmes e fotos, mostrando a maneira rústica como se alimentavam os expedicionários no interior das florestas. ( Acervo Memória Civelli )

c) Os acampamentos

Reprodução cenográfica, projeções de filmes e fotos de acampamentos ( bivaque ) das expedições. ( Acervo Memória Civelli )

d) Os cinegrafistas de Rondon

Painel com recriação cenográfica, projeções de fotos, filmes originais e documentários, mostrando como funcionava, em condições totalmente adversas, o serviço do cinematógrapho ( 1912 ), que documentava as expedições de Rondon.

Câmeras antigas ( Acervos Memória Civelli, Família Affonso Penna )

e) O telégrafo

Painel com recriação cenográfica, projeções de filmes e fotos, mostrando como eram feitas as instalações da linhas telegráficas e as aberturas de estradas estratégicas

Instrumentos antigos de orientação e medição. ( Acervo Memória Civelli )

f) Os jogos indígenas

Grande painel com os registro fotográficos dos jogos indígenas, feitos pela fotógrafa Alice Kohler

Artefatos indígenas (Acervo Alice Kohler )

3 – PÁTIO INTERNO

O desbravamento do sertão


Reprodução cenográfica, a partir de fotos originais (1902 ) do trabalho de implantação da linhas telegráficas em plena Floresta Amazônica



a) Reprodução cenográfica, em tamanho real, de um acampamento da Comissão Rondon.

1 barraca de trabalho, com todas as ferramentas utilizadas para abrir picadas na mata, fincar os postes, esticar os cabos telegráficos etc

1 barraca de comando, com mastro para hasteamento da Bandeira Brasileira, utensílios e objetos pessoais de Rondon, que revelam o seu cotidiano durante as expedições.

b) Reprodução cenográfica, em tamanho real, de 2 estações telegráficas com aparelhos originais do telégrafo ( 1900 ), em pleno funcionamento.

Os visitantes poderão trocar mensagens, de uma estação para outra, utilizando o Código Morse. Exatamente como Rondon fazia, entre o fim do século XIX e princípio do XX.


Exposição Um Homem Chamado Rondon

Local : Arquivo Nacional

Endereço : Praça da República, 173 – Centro –Rio de Janeiro – RJ


Visitação : de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h

Sábado, das 10 às 16h

Produção : Memória Civelli Produções Culturais e Arquivo Nacional

Patrocínio : OI

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